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Mídia Esporte Entrevista: Felipe Rolim "Ter voltado ao Esporte Interativo foi um presente"

O entrevistado da vez do Mídia Esporte é Felipe Rolim, comentarista da TV Esporte Interativo. Nessa conversa, vamos falar de tudo sobre a sua carreira, desde o motivo da volta à emissora - "Pra mim, ter voltado ao Esporte Interativo foi um presente" - e até os seus momentos engraçados, como a sua imitação do Fábio Jr - "O mico surgiu da sempre presente interatividade, nossa marca". Vale a pena conferir!

Twitter oficial - twitter.com/feliperolim
Facebook (página) - facebook.com/feliperolimei

Mídia Esporte - Você chegou a passar em algum outro meio de comunicação antes de ir ao Esporte Interativo?
Felipe Rolim - Sim. Comecei em um projeto de uma radio universitária ainda nos primórdios da Internet, no ano em que o Fluminense disputou a Série C do Brasileirão (1999). Os jogos eram gravados e, de forma bem arcaica, era feito o upload do áudio, que ficava disponível no site depois de um ou dois dias do jogo. Fiz os jogos em que o Fluminense era o mandante. Já em 2004, fui convidado pelo locutor Marcelo Barros a fazer parte do time de esportes da Rádio Transamérica FM. Fiz parte da equipe da rádio até 2007. No ano de 2007 eu ainda me dividi entre o Esporte Interativo e a Transamérica, ficando exclusivo no EI a partir de 2008.

ME - Quando e como surgiu a oportunidade de trabalhar no Esporte Interativo?
Felipe - O Esporte Interativo estava fazendo testes com profissionais de rádio para implantar a emissora no Rio de Janeiro. Fiz o teste comentando um jogo, se não me falha a memória, entre Arsenal e Chelsea. Depois, me chamaram para um papo com o Vitor Sérgio, com um dos diretores do canal e com o André Henning (este via webcam) e selaram minha convocação para um período de teste com a TV já no ar, onde fui aproveitado junto com o Jorge Iggor e o Felipe Santos.

ME - Você tem algum ídolo na mídia esportiva? E algum deles te inspirou na sua carreira de comentarista?
Felipe - Não. Nunca me espelhei em ninguém. Comecei no rádio sem ser um ouvinte de rádio. Não conhecia o veículo e nem os medalhões. Hoje os conheço e estudo muito para não ser encarado como um “bicão” (como são pejorativamente chamados os radialistas sem curso de jornalismo). Gostaria de ter ouvido João Saldanha e Nelson Rodrigues, mas não sou tão antigo a este ponto! Hoje gosto muito do Dácio Campos e do Marcos Freitas. Ambos são extremamente simpáticos, crescem nos momentos agudos da transmissão e tem a didática necessária para elevar o nível dos comentários e, ao mesmo tempo, serem compreendidos pelos não muito familiarizados com o esporte. Para não dizer que não falei dos comentaristas contemporâneos do futebol, gosto bastante do Paulo Calçade. Não gosto de extremos. Os que são muito fanfarrões, ranzinzas ou descaradamente torcedores acabam atraindo a atenção para si, quando o objeto da atenção do telespectador tem que ser o evento.

ME - Qual é a sua atual rotina de trabalho no Esporte Interativo? Consegue conciliar as carreiras de comentarista e advogado?
Felipe - Para os que acompanham mais de perto, é fácil perceber que apareço nos eventos do Esporte Interativo com mais freqüência nos fins de semana e, de vez em quando, nas resenhas noturnas. Tenho uma rotina de estudo ininterrupto dos campeonatos que transmitimos e uma preparação específica para os jogos nos quais estou escalado, que passa pela atualização do contexto da partida, da condição dos jogadores, expectativas dos times no campeonato e, como trabalhamos com eventos de fora do Brasil, algumas informações que digam respeito à sede da partida a ser transmitida. Hoje eu consigo conciliar as duas carreiras. Em um passado recente eu não consegui. Meu desejo é conciliar sempre, mas não costumo me iludir e nem sofrer por antecedência. Se der pra continuar com a minha rotina atual - que não é mole -, maravilha. Hoje, por exemplo, eu estou sem blog e nem peço para ter, porque não teria tempo para alimentá-lo.

ME - Lembro que você chegou a fazer uma imitação - bastante engraçada, diga-se de passagem - do cantor Fábio Jr. Por Como isso surgiu e por quê você resolveu pagar esse "mico", que ainda é relembrado por muita gente?
Felipe - Tudo começou com uma piada interna, coisa de redação. Eu estava com o cabelo um pouco maior e sempre gostei de usar camisas com a gola justa, pois eu posso ficar 1000 anos em uma TV que não vou me acostumar com o frio glacial dos estúdios. Some-se a isso o fato de eu aparecer quase sempre de terno na emissora. O cabelo e esses dois tipos de roupa foram a senha para começar a gozação, que sempre levei na esportiva. O mico surgiu da sempre presente interatividade, nossa marca. Conforme íamos ganhando seguidores no Twitter, alguém ia pra berlinda. Quando disseram que era a minha vez e que eu teria que imitar o Fabio Jr., topei na hora. A gravação foi feita no celular de um dos narradores da casa. Quero ver quem descobre só pela gargalhada!

ME - Por qual motivo você decidiu deixar o Esporte Interativo tempos atrás? E o que te fez voltar à emissora?
Felipe - Por não conseguir conciliar as duas carreiras. Coincidiram um necessário aumento de horas trabalhadas no escritório e o nascimento do meu filho. O Vinicius já tinha seis meses e eu me dei conta que não estava vendo ele crescer. Nunca deixei as portas fechadas no Esporte Interativo e sempre que possível encontrava com o pessoal da casa. Fui convidado no início deste ano, conversei bastante com alguns dos amigos que fiz na TV (André Henning, Henrique Marques, Luan Knaya e Leonardo Baran) e aceitei o convite. Pra mim, ter voltado ao Esporte Interativo foi um presente!

ME - Quais as dicas que você dá para quem quiser ser comentarista esportivo?
Felipe - Quem quer trabalhar com comunicação, antes de tudo, tem que ter muito cuidado com a nossa maltratada Língua Portuguesa. Tem que ler muito , de tudo e sempre. Nada contra os boleiros, pois eles também têm o seu espaço, mas veja que somente aqueles com um certo refino no linguajar conseguem os melhores postos. E um conselho geral para quem quer trabalhar na mídia: atualize-se sempre. Ter sido bom há 10 anos ou na semana passada não quer dizer nada para o público se amanhã você entrar despreparado em uma transmissão. Humildade e estudo, sempre.

ME - Como é a relação com os seus colegas de emissora? O ambiente do Esporte Interativo nos bastidores é tão alegre como o que a gente vê na TV?
Felipe - É aquela várzea. Não somos atores. Para você gozar um colega seu no ar, em cadeia nacional, é porque ele é muito seu amigo mesmo. O ambiente é o melhor possível. Tirando o Baran, com quem já tinha trabalhado na Transamérica, conheci todo o resto da turma no Esporte Interativo e são pessoas que têm a minha amizade incondicional.

ME - Sei que você é muito fã de tênis. Atualmente esse esporte não tem espaço na TV aberta. Existe algum projeto do Esporte Interativo em exibir eventos, ou pelo menos voltar a ter programas específicos, sobre o tênis?
Felipe - Juro que não sei, mas não é fácil. Não temos mais o Guga e o Bellucci ainda demorará para nos dar um título em alto nível. Talvez ele consiga a curto prazo um ATP 500, mas não o vejo ganhando um Masters 1000. Grand Slam, então, nem pensar. Federer e Nadal, que polarizaram o tênis por seis anos, também não são dos mais carismáticos, então fica difícil vender o peixe do tênis. Com a chegada de vez do Djokovic, que gosta de um showtime, talvez as TVs abertas voltem a pensar no tênis de maneira mais comercial.

ME - Para encerrar, deixe uma mensagem para os leitores do Mídia Esporte que acompanham o seu trabalho.
Felipe - Que nos critique, nos ajude a crescer (sem xingar a mãe, por favor, porque aí eu bloqueio) e depois olhe pra trás e se sinta parte do time. Todo o público só tem a ganhar com o fortalecimento de um canal de esportes aberto, que chegue na sua casa independente de assinatura! O Esporte Interativo foi feito para ser uma “paixão ao alcance de todos”, então, um brinde à sua audiência!
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