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Presidente do Palmeiras critica divisão de cotas de TV e teme 'espanholização'

Em entrevista ao site UOL Esporte, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, afirmou ser favorável a uma distribuição mais igualitária das cotas de televisão do Campeonato Brasileiro.

Paulo Nobre, presidente do Palmeiras (Reprodução / UOL)

Em entrevista ao site UOL Esporte, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, afirmou ser favorável a uma distribuição mais igualitária das cotas de televisão do Campeonato Brasileiro.

"Sinto que existe vontade (de rediscutir o modelo) de uma maioria muito apertada, e não existe de uma esmagadora minoria que tem uma vantagem muito grande em relação aos demais. A maneira que se distribui também precisa ser aperfeiçoada. Quando voceê assina um pacote de Pay Per View ninguém pergunta que time torce. É feito tudo pelo Ibope, tomando como base as capitais. O Palmeiras tem grande parte da torcida dele no interior. Até outro dia, a cidade de Santos não era considerada", disse.

O dirigente ainda disse que, no longo prazo, a discrepância entre as cotas de TV pode levar o Brasileirão para um rumo similar ao do Campeonato Espanhol, que quase todo ano tem Barcelona ou Real Madrid como campeões. Ele acredita que isso poderia atingir a competitividade do futebol brasileiro, um de seus maiores atrativos.

"Precisa tomar cuidado para não "espanholizar"o futebol brasileiro. Você não pode ter dois clubes ganhando muito mais do que todos os clubes. A magia do futebol brasileiro está no fato de que no inicio da temporada, de 20 clubes, 12 são candidatos ao título. Em 2013, ninguém falava do Cruzeiro. Na história do Brasileiro, quantos clubes já foram campeões? É lindo isso. É diferente de outros lugares onde dois são campeões, um terceiro de vez em quando, um quarto a cada 50 anos. Não pode acabar isso no futebol brasileiro. Hoje a coisa não está tão equilibrada".

Por outro lado, Nobre reconhece uma revolução nos últimos anos nessa questão. "Tenho certeza que a TV tenta encontrar a forma mais justa de fazer isso, e que a cada renovação se esforce para tornar ainda mais justo", completa o mandatário alviverde.

Nobre ainda acha que uma possível união de clubes para o aperfeiçoamento da distribuição das cotas de televisão do futebol brasileiro pode acontecer, mas não vê isso acontecendo neste momento. "Não vejo como inviável, acho factível se pensar nisso, mas hoje não estou sentindo que isso esteja acontecendo".

Atualmente, o Palmeiras está no terceiro escalão das cotas de TV pagas pela Rede Globo. Corinthians e Flamengo, únicos clubes do primeiro patamar, chegam a receber R$ 30 milhões a mais do que o São Paulo, no segundo, e até R$ 80 milhões a mais do que os clubes do sexto escalão. Por isso, o Palmeiras têm reduzido sua dependência de receitas de televisão e tem faturado em outras frentes, como a bilheteria do Allianz Parque, sócio-torcedor e patrocínios.

Apesar de ter pouco espaço na TV e receber menos do que os maiores rivais, o clube hoje vive uma situação financeira saudável e é o único dos quatro grandes de São Paulo que não atrasou salários ou direitos de imagem de seus atletas.
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