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A explosão precisa voltar. Os amantes do rádio esportivo clamam por isso | Coluna de Guilherme Coelho #5

Coluna de Guilherme Coelho #5

Um lance é descrito, radinho colado aos ouvidos e uma explosão acontece... É gol! A felicidade toma conta da criança, adulto ou idoso, não importa. A emoção do que se é descrito mas não é visto, uma voz poderosa que mexe com os corações de milhões de pessoas. Foi assim que o rádio esportivo brasileiro se consolidou nas décadas de 70 e 80. Uma explosão acompanhada do sucesso da seleção brasileira nos Mundiais. A emoção do gol continua a mesma, o rádio continua apaixonante, há profissionais qualificados, porém a audiência já não é a mesma. A queda desde a década de 90 tem sido cada vez mais acentuada.

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O rádio tem sofrido a cada dia com a forte concorrência da televisão (aberta ou fechada) e, principalmente, da internet: partidas transmitidas por celulares ou computadores atraem um grande público. A entrada de receitas diminuiu muito, por isso grande parte das jornadas esportivas dedica um tempo maior de sua programação aos merchandising. O momento é crítico. As pessoas não querem mais ter de imaginar um lance, a dependência do rádio já não existe mais. Reflexo disso são os smartphones, que, já há alguns anos, têm sido lançados sem o rádio AM e FM.

Segundo números do Ibope, a média do primeiro trimestre de 2014, em São Paulo, foi preocupante. Nas jornadas esportivas aos domingos (horário nobre das emissoras) das 16h00 às 20h00, na primeira colocação ficou a 105 FM, com apenas 126 mil ouvintes por minuto e em último lugar a Tupi AM, com míseros dois mil ouvintes por minuto. Totalizando o número de todas as rádios temos tivemos o alarmante resultado de 311 mil ouvintes. Só a capital tem, aproximadamente, segundo dados do IBGE, 11 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 2,83% dos habitantes foram ouvintes de rádios esportivas, no ano de 2014. Números que assustam.

Os fatos estão postos à mesa, e não é novidade para quem trabalha diariamente com esses números, cabe agora às rádios tomarem consciência das mudanças que precisam ser feitas, o quanto antes. É preciso entender que os tempos são outros e a exigência do público também é outra. O chamariz precisa ir além da emoção trazida pelo rádio, se faz necessário adaptar-se às novas tecnologias. Certo é que mesmo com as dificuldades o rádio não vai acabar, e continuará sendo apaixonante. Termino esse texto, ligo meu rádio e... que venha a jornada esportiva do fim de semana.

Por Guilherme Coelho - Colunista do Portal Mídia Esporte
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