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Contrato prevê que Esporte Interativo só paga aos clubes nos anos que estiverem na Série A

Até o momento, o EI tem contratos de TV fechada com quinze clubes

Até o momento, o EI tem contratos de TV fechada com quinze clubes



Por Folha de S. Paulo (Guilherme Seto) - Na disputa pelos direitos de transmissão de TV fechada do Brasileiro a partir de 2019, o Esporte Interativo tem acertado contratos com equipes que nas últimas temporadas têm oscilado entre a Série A e divisões inferiores do Brasileiro, e, em alguns casos, não têm frequentado há tempos o principal grupo do futebol nacional.

Até o momento, o EI, pertencente ao grupo multinacional Turner, tem contratos de TV fechada com quinze clubes, sendo que sete deles disputarão a Série A do Brasileiro em 2016. Da Série A: Atlético-PR, Coritiba, Figueirense, Internacional, Ponte Preta, Santos e Santa Cruz. Da Série B, assinaram Bahia, Ceará, Sampaio Corrêa, Criciúma, Joinville, Paysandu e Paraná. E há também o Fortaleza, da Série C, que não joga a Série A desde 2006.

Segundo a Folha apurou, o acordo do EI com os clubes que podem não estar na Série A a partir de 2019 prevê o pagamento somente dos valores referentes aos anos que disputarem a divisão de elite do futebol nacional. Ou seja, no caso de um clube que tenha contrato com a emissora entre 2019 e 2024, ele só receberá sua parte dos R$ 550 milhões anuais nas temporadas que estiver na Série A -o valor oscila entre R$ 22 milhões e R$ 26 milhões no primeiro ano, e atinge cerca de R$ 30 milhões em 2024, com a inflação prevista para o período.

Já o valor das luvas não será afetado da mesma forma. Boa parte dos clubes que fecharam contrato com a emissora já receberam suas quantias correspondentes, que não precisará ser devolvido nem que o clube não dispute nenhuma temporada na Série A ao longo do contrato. O EI vê as luvas, que variam de acordo com o clube, como um investimento.

O Bahia, que em 2015 disputou a Série B e não conseguiu o acesso, já recebeu os cerca de R$ 40 milhões correspondentes às luvas. A informação é confirmada pelo presidente do Bahia, Marcelo Sant'Ana, que pretende investir os valores na contratação de jogadores, na quitação de dívidas do clube e na construção de um centro de treinamento.

"No fundo, não afeta em nada caso estejamos na Série B em algum ano, porque continuaremos a receber praticamente nada a mais pelos direitos em TV fechada de Série B, como atualmente. E, do nosso ponto de vista, era mais vantajoso fechar com o Esporte Interativo os direitos de TV fechada da Série A. A concorrência do Esporte Interativo tem sido boa para valorizar o futebol nacional, para elevar os valores. Veja o caso emblemático do Fortaleza, por exemplo, que, na Série C, recebeu uma proposta que dificilmente chegaria a eles sem a existência de concorrência", afirma Sant'Ana.

Nas últimas temporadas, o Atlético-PR disputou a Série B em 2012. O clube recebeu os mesmos R$ 40 milhões de luvas.

"Esse dinheiro vai servir para acertarmos algumas questões referentes a dívidas com o estádio [reforma da Arena da Baixada]", disse Luiz Sallim Emed, presidente da equipe paranaense, à Folha em março.

No caso do Fortaleza, devido às chances menores de estar na Série A no ciclo 2019-2024, a reportagem apurou que o valor pago pelas luvas foi significativamente inferior. Procurado, o presidente do clube, Jorge Motta, mencionou cláusula de confidencialidade com o EI e não quis falar sobre o tema.
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