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Jornalistas falam sobre saída de Ricardo Teixeira da presidência da CBF

Ricardo Teixeira renuncia cargo de presidente da CBF (Crédito:Agência Brasil)

Na manhã desta segunda-feira (12), Ricardo Teixeira renunciou, em uma carta lida no Rio de Janeiro por seu sucessor, José Maria Marin, a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014. E a saída de Teixeira logo repercutiu na imprensa esportiva. Alguns dos principais jornalistas esportivos do país opinaram sobre as mudanças na CBF.

O jornalista Fernando Vanucci, ex-apresentador do "Bola na Rede" da RedeTV!, comenta que a saída de Ricardo Teixeira já estava anunciada com pedido de licença da última quinta.

- Acho que não é surpresa para ninguém. Era previsível, não só pelo estado de saúde - e a gente tem que acreditar nisso até que prove o contrário -, mas pelas denúncias daqui e das que vêm de fora.

Por essa razão, Vanucci relembra que embora Ricardo Teixeira tenha deixado a entidade é preciso continuar as investigações contra ele.

- O Teixeira saiu, mas as denúncias não. Tem que ser apurado e esclarecido. A imprensa tem que continuar em cima, respeitando o estado de saúde dele, claro.

Para o apresentador da TV Bandeirantes, Milton Neves, o ex-presidente da CBF deveria ter convocado uma coletiva para anunciar sua saída.

- Para renunciar ele que tinha que convocar coletiva e falar. Não tinha pedir para um subalterno anunciar para o país e para o mundo [que estava saindao]. Já que ficou 23 anos na CBF ele tinha que ter dito.

Milton Neves acrescenta reforcando que se a atitude de Teixeira foi sair do foco para evitar as investigações, ele está enganado.

- Se ele espera que saindo donoticiário a imprensa vai esquecer dele, ao contrário da política,a imprensa esportiva não vai. Claro que parcialmente ele vai sumir, mas seele espera que com sua renuncia as autoridades arrefeçam seus ânimos, ele estáenganado.

Juca Kfouri, da Folha de S.Paulo e da ESPN Brasil, também falou sobre a saída de Teixeira da CBF.

- É essencial que as pessoas levem em consideração de que o problema do futebol brasileiro é estrutural e não pessoal. O que está acontecendo é uma troca de seis por meia dúzia. Mas é uma vitória da cidadania. De que a sociedade brasileira tenha contigo que, ou os clubes de futebol tomam para si o processo de mudança, ou continuarão da mesma forma.

Kfouri ainda revela que a situação do futebol brasileiro pode mudar somente se o clubes aproveitarem este momento.

- Algo só pode mudar se os clubes aproveitarem esse vácuo. Esse Marin que assumiu não tem condições de colocar uma mudança adiante. É preciso mudar o jeito de escolher o comando. Fundar a liga dos clubes, o que se fez na Europa inteira. O fundamento é esse.

Para Paulo Vinicius Coelho, comentarista dos canais ESPN e da Rádio Estadão ESPN, a renúncia de Ricardo Teixeira estava anunciada desde julho do ano passado, embora a informação só tenha vindo à tona na semana do Carnaval.

- O último ato dele [Ricardo Teixeira] é um ato de covardia porque para o futebol brasileiro, a médio prazo, vai fazer bem, vai produzir modernidade, ruptura de alguns elos da rede de poder que ele tinha. Por outro lado, ele armou o circo e fugiu.

Mauro Beting, comentarista de futebol da Rádio e TV Bandeirantes, também deu sua opinião sobre o assunto.

- A 'renovação', com todas as aspas, será feita por alguém sem a mesma capacidade que ele, para o bem e para o mal [alusão a José Maria Marin]. É mais ou menos como a Primavera Árabe. Bom, legal, ganhamos alguma coisa com a saída dele, mas o que vem pela frente? Eu não sei, mas pela mudança, não dá para discutir muito.

Outro ponto importante para a saída de Ricardo Teixeira foram as denúncias feitas pela imprensa nacional e internacional. O apresentador e narrador do Sportv, Milton Leite, ressaltou isso.

- O Ricardo Teixeira perdeu muito espaço, sobretudo pelas divergências com a presidente Dilma. Acredito que a imprensa teve papel fundamental para o isolamento político dele especialmente pelas denúncias das possíveis irregularidades na gestão da CBF. A imprensa internacional também teve papel importante, ao repercutir o que vinha sendo publicado na imprensa nacional, acabou enfraquecendo sua posição no cenário externo e gerando também uma animosidade por parte da Fifa em relação à gestão de Teixeira. De qualquer forma, acho que não muda nada porque quem fica são os mesmos, é o grupo dele. Talvez depois da Copa, com as eleições na CBF um outro grupo possa assumir e mudar alguma coisa.

Juca Kfouri também reforçou o papel da imprensa na saída de Teixeira da CBF.

- A imprensa foi importante porque a publicação de várias coisas foi causando um desgaste. Foram denúncias por parte da Folha que realmente geraram muito desgaste. Mas um marco foi a matéria da Daniela Pinheiro na revista Piauí. Ali, ela revela a arrogância e os excessos de Teixeira. Mostra sua figura de todo poderoso que cai do cavalo. Eu brinco sempre com ela dizendo que eu passei anos fazendo denúncias que geraram até CPI e por causa da matéria dela ele foi exposto ao Brasil. Foi revelado ao país quem realmente ele é.

As informações são do Portal Imprensa.
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