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Crise e legislação são empecilhos para transmissão do Brasileiro, alegam Record e Band

Emissoras atualmente estão fora do mercado do futebol brasileiro, hoje dominado pela Globo

Cabine de transmissão de TV no estádio Barradão, em Salvador (Crédito: Reprodução/Vitória)

Duas das grandes emissoras com tradição na transmissão de eventos esportivos no país, Band e Record atualmente estão fora do mercado do futebol brasileiro. A crise econômica e a legislação que regula os direitos de transmissão são os empecilhos argumentados pelas duas emissoras para que possam voltar a exibir o futebol no futuro.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a Band respondeu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), que investiga a disputa pelos direitos do Campeonato Brasileiro, que os impactos do momento econômico sobre a capacidade de negociação fizeram a emissora terminar a parceria com a Globo, que atualmente exibe sozinha o torneio.

"Para os players existentes, por seu turno, a transmissão do Campeonato Brasileiro e outros eventos esportivos somente é interessante se houver boas perspectivas de retorno dos investimentos realizados, sendo que as taxas vêm caindo gradativamente no caso do futebol, em razão do aumento dos custos dos direitos de transmissão e da conjuntura econômica no Brasil, que evidentemente afeta os anunciantes", explica a emissora.

"Para a transmissão de campeonatos de futebol de abrangência nacional, por exemplo, são necessários investimentos específicos, inclusive em estrutura para a realização da cobertura adequada, como a contratação de comentaristas versados no esporte, a montagem de estrutura de gravação no local do jogo, estrutura de transmissão via satélite, etc. Por outro lado, quanto mais plataformas do mesmo grupo econômico estiverem autorizadas a transmitir o evento, maiores as perspectivas de retomo, razão pela qual as emissoras com canais de pay-per-view têm demonstrado maior interesse na aquisição desse conteúdo", prossegue.

A emissora do Morumbi ainda compara o modelo de negociação dos direitos de transmissão vigente no Brasil, marcado por acordos individuais entre clubes e emissoras, e os que existem em outros países, "em pacotes que buscam oferecer atrativos como exclusividade ou a possibilidade de transmissão em várias mídias". Além de torneios de futebol, a Band explica o modo da NFL (que trata diretamente com os canais) e da NBA (que negocia pacotes de partidas com diferentes emissoras).

A Record também foi questionada pelo CADE sobre o assunto. Assim como a Band, a emissora comenta as "questões macroeconômicas", mas é enfática ao tratar de um ponto específico da legislação esportiva. A temática também é o formato das negociações.

"A negociação direta dos direitos de transmissão pelos clubes é um modelo interessante, todavia deve-se regulamentar os conflitos de direito de imagem na transmissão dos eventos, principalmente quando uma determinada emissora não detenha os direitos de transmissão das duas equipes participantes", diz a resposta da emissora, que ressalta que tem interesse em transmitir o Brasileiro, mas não o fará "enquanto não houver solução dos problemas mencionados", disse.

"Quanto ao interesse da Rede Record, vale reforçar que seu interesse existe somente após a restruturação do formato que envolve todo o sistema do futebol no país", finaliza a Record, em referência ao artigo 42 da Lei Pelé, que atualmente determina que uma emissora só pode passar uma partida caso detenha os direitos de transmissão de ambas as equipes envolvidas.
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