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Sem crise: clubes crescem em receitas por conta de novos contratos de TV

Os novos contratos de televisão do Campeonato Brasileiro tiveram o maior peso no salto nas rendas dos clubes em 2016

Foto: Reprodução

Em meio à uma das piores crises econômicas que o Brasil já viveu, os clubes grandes têm um salto nas rendas muito acima da inflação em 2016. É o que mostra um levantamento em cima de números parciais das equipes.

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De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, uma das explicações para esse descolamento do futebol da crise é o novo contrato de televisão com a Rede Globo – incluindo luvas.

Dos grandes clubes, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Palmeiras, Internacional e Santos já divulgaram suas receitas parciais em 2016, sendo que cinco deles tiveram incrementos significativos. Além disso, clubes como Corinthians e São Paulo também já têm dados que demonstram que vão superar com larga vantagem suas rendas do ano passado. Só não há informações sobre Botafogo, Vasco, Atlético-MG e Cruzeiro.

Em comparação com suas receitas até o meio do ano de 2015, Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Santos e Grêmio tiveram um aumento de receita de 52% em 2016, atingindo R$ 925 milhões contra R$ 609 milhões no mesmo período do ano passado. Para comparar, o PIB do Brasil tem previsão de retração de 3,3% neste ano, e a inflação em 12 meses é 8,74%. Ou seja, a renda desses clubes cresceu mais de cinco vezes a inflação.

Os novos contratos de televisão do Campeonato Brasileiro tiveram o maior peso: o Flamengo aumentou sua receita neste item de R$ 76 milhões para R$ 114 milhões, compensando quedas no patrocínio. Movimento igual ocorreu no Fluminense com R$ 53 milhões contra R$ 36 milhões que ainda teve aumento considerável da venda de jogador. Já o Grêmio registrou R$ 100 milhões de luvas pelo seu novo contrato do Brasileiro, que valerá a partir de 2019, dobrando a receita do ano anterior. O Santos também triplicou sua receita no primeiro trimestre graças às luvas.

No caso do São Paulo, o clube informou que teve receita de R$ 280 milhões até julho de 2016, R$ 51 milhões a menos do que ganhou no ano inteiro passado, sendo um dos fatores justamente o novo contrato de TV.

Uma realidade parecida com a do Corinthians que ainda não tem números consolidados, mas terá crescimento. Incluindo os valores do reajuste no contrato de TV, o clube alvinegro vai superar com folga os R$ 300 milhões obtidos em 2015.

Dos clubes analisados, o Internacional é o único que não tem indicativo de aumento de receita. Até o meio do ano, foram R$ 142 milhões, enquanto em 2015 inteiro foram R$ 297 milhões. O clube espera ter incremento de receita até o final do ano com novos contratos de TV.

''A venda neste ano foi bem curta (R$ 14 milhões) e não comercializamos os contratos de aberta a partir de 2019″, explicou o vice-presidente de Finanças do Inter, Pedro Affatato. ''Ainda vamos fazer essa negociação e acreditamos que com as luvas vamos conseguir um pouco mais do que o ano passado.''

Os contratos do Brasileiro válidos a partir de 2016 a 2018 foram negociados antes do agravamento da crise nacional, por isso, houve grande incremento nos valores. Para a extensão a partir de 2019, houve uma disputa entre Globo e Esporte Interativo que gerou acordos mais vantajosos e luvas. Teoricamente, essas não podem ser contabilizadas como receitas correntes, sendo registradas só no ano do novo contrato.

Apesar do aumento das receitas, não dá para ter certeza de que os clubes vão melhorar sua situação financeira. Só no final de 2016, com os números consolidados, é que saberemos se essa renda extra foi usada para equilibrar as contas.
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