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Segundo especialista, rompimento da CBF com a Globo será "tiro no pé"

Para Fabio Wajngarten, a entidade máxima do futebol brasileiro será prejudicada financeiramente

Reprodução
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A decisão da CBF de romper com a Globo e transmitir os jogos da seleção brasileira por conta própria será um tiro no pé na visão do publicitário Fabio Wajngarten, um dos principais observadores do mercado de mídia do país, criador do Controle da Concorrência.

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Para Wajngarten, a entidade máxima do futebol brasileiro será prejudicada financeiramente. "O prejuízo para os patrocinadores da seleção é incalculável. É como comparar banana com feijoada", diz o especialista.

Nos amistosos contra a Argentina e a Austrália, nos próximos dias 9 e 13, a CBF irá captar as imagens, fazer a locução (com Nivaldo Pietro), os comentários (com Pelé), e comprar espaço em emissoras abertas. Está vendendo de duas a quatro cotas de patrocínio por R$ 2,3 milhões cada, valor ancorado principalmente na exibição ao vivo pelo Facebook.

As duas partidas serão transmitidas pelas TVs Cultura e Brasil e pelo Facebook. Wajngarten não acredita que o Facebook compense a exposição que as duas TVs não têm. São poucos os brasileiros que possuem TV conectada com aplicativos da rede social e que poderão ver os jogos na tela grande. A maioria, prevê, tentará assistir por telefones celulares.

"Qual brasileiro tem um pacote de dados suficiente para ver um jogo inteiro no mobile?", questiona. "E a banda larga é sofrível fora dos grandes centros urbanos", lembra.

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Wajngarten ainda avalia que o resultado será catastrófico para os patrocinadores da seleção (Guaraná Antarctica, Nike, Vivo, Itaú, Mastercard, Gol, Ultrafarma, EF, Cimed e Universidade Brasil), que perderão exposição sem o apoio das grandes redes abertas, principalmente da Globo.

"Os anunciantes estão na CBF por causa da exposição da seleção. O marketing é movido pela expoisição de marcas, e não há mídia mais vencedora do que a TV aberta para a construção de marcas", ensina.

"O futebol sem a TV aberta não é futebol. A seleção é um ativo, uma propriedade do povo brasileiro. É ruim o que [os dirigentes] da CBF estão fazendo. É ruim para a população, é péssimo para o futebol, é péssimo para a seleção, é péssimo para os patrocinadores", discursa Wajngarten.

A CBF decidiu adotar este modelo de transmissão após tentar vender os direitos para a Globo, por obrigação contratual, sem sucesso. Na última hora, a entidade um valor considerado absurdo, US$ 2,5 milhões (R$ 8,1 milhões).

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Com a parceria com o Facebook, a arrecadação será de, no máximo, R$ 9,2 milhões brutos, sobre os quais incidem impostos e comissão de agências (20%). A CBF ficaria com parte disso. As informações que vêm do mercado, no entanto, não são animadoras. O Facebook está enfrentando dificuldades para negociar as cotas de patrocínio e os patrocinadores da seleção já manifestam preocupação em conversas reservadas.

"Tenho certeza de que este modelo da CBF não vai dar certo", diz Wajngarten.
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